Shantala,
Musicoterapia e Ôfuro relaxam e proporcionam interação entre os pais e a
criança
Os
laços afetivos são construídos desde o período de gestação entre mãe e bebê.
Após o nascimento ele se fortalece com o toque, contato e carinho transmitido
através de inúmeras maneiras. Algumas técnicas podem ser usadas como excelente
artifício para fortalecer esse vínculo e comunicar o amor aos pequenos.
Shantala
A
massagem originária da Índia proporciona ao bebê o relaxamento em toda
musculatura, ele dorme melhor e alcança a sensação de bem-estar. A técnica
auxilia também no sistema imunológico, respiratório, desenvolvimento
neuropsicomotor, alívio de cólicas, gases e prisão de ventre.
Para
a psicóloga Raquel Benazzi, idealizadora do projeto Núcleo Corujas, essa
atividade ajuda a mamãe a ter mais interação com o bebê “O toque afetivo, o
equilíbrio físico-mental-emocional. Além da criança ter a sensação de ser amada
e protegida”, é um momento onde ambos estão totalmente ligados, e deve ser
vivenciado com prazer, sem preocupações, acrescenta.
O
bebê começa a ter consciência corporal com mais facilidade, afinal com os estímulos
é possível ter ideia do seu tamanho, força, flexibilidade, passa a reconhecer
onde está, o que é, o espaço que ocupa, como são os pés, mãos, pernas,
bracinhos e todas as partes corpo.
“O
bebê é um espelho dos pais e irá refletir no seu corpo e em seu comportamento
tudo o que sente e percebe. Por isso, não é indicado fazer a Shantala se os
pais estiverem agitados, irritadiços, ansiosos, tristes, raivosos ou
preocupados”, completa a especialista.
Cuidados Diários
Outras
atividades rotineiras com o bebê podem proporcionar momentos de interação e afeto,
como o banho. A mãe também pode massagear o filho, conversar, cantar e perceber
seus movimentos na água. Na troca de fralda é possível brincar com o bebê, para
o momento parecer algo prazeroso, onde existe a troca de olhar e carinho. Na
amamentação, a mãe pode cantar músicas suaves, escolher um ambiente quente e
silencioso, tocar carinhosamente as partes do corpo ao falar o quanto ele é
querido e amado.
A
psicóloga Luciana Romano, idealizadora do projeto Núcleo Corujas, afirma que não
há regras definidas, é interessante que a mamãe e o papai construam com o bebê
a sua própria forma de interação. “Algumas dicas são muito valiosas, os exercícios
com água, por exemplo, fazem o bebê lembrar-se do útero materno, e isso
proporciona relaxamento e também auxilia no desenvolvimento da criança”,
destaca.
Ofurô
O
banho de Ofurô (ou banho no balde) oferece uma contenção que remete à
experiência intra-uterina e simula a sensação de aconchego da barriga da mamãe.
É semelhante ao ambiente em que ele já estava acostumado e numa posição que ele
já conhece, deixando-o mais tranquilo, calmo e relaxado.
Este
banho pode ser feito desde o nascimento e, geralmente, o bebê tem mais
aceitação que o banho tradicional, fica mais tranquilo e chora menos. Nesse
momento, a mãe promove apoio ao pequeno que sente seu corpo relaxado e assim,
passa sensações positivas e de tranquilidade. O banho pode utilizar ervas, com
camomila e calêndula que ajudam no processo e é aconselhável ficar em uma
posição confortável e manterem-se um de frente para o outro.
Musicoterapia
Método
de terapia de relaxamento que faz o bebê perceber a música desde a gestação, sons
que o confortem. “A melodia deve ser calma e o som baixo, como música ambiente.
Enquanto escutam, cante pra ele e tenha um momento de interação, carinho,
massagem, troca de olhares, é necessário deixar fluir esse momento”, conclui
Luciana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário